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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

sobre o gaúcho e o cavalo


O Patriarca
Antônio Fernandes Lima foi o tronco vigoroso, altaneiro e fértil dessa numerosa e, por todos os pontos de vista, respeitada família - os Fernandes Lima.
Citar todos os seus incontáveis descendentes é impossível, devido ao grande número de membros. Por isso, foi escolhido um ramo dessa maravilhosa árvore que apresenta particularidades originalíssimas. Um dos filhos de Antônio, Belisário, que foi, como o pai, militar, conquistou o posto de tenente coronel. Se os Fernandes Lima sempre foram exemplarmente ciosos - e tinham para isso mais do que suficientes razões - para cultuar, preservar impoluto o honrado e glorioso nome familiar, este Belisário foi, neste particular, inexcedível e originalíssimo. "Filha minha, ainda que casada, conservará meu nome!" E tomou providências para que isso fosse efetivado ainda que o esposo não concordasse em preservar o sobrenome de solteira da tornada esposa. Como isso foi possível?! Foi fácil. Eis os nomes de suas numerosas filhas: Rosalima, Audelima, Praudelima, Cylima, Avelima, Romalima e Izolima! Além dos filhos Narciso, Eduardo, Firmino e José. Prole numerosa embora a mãe deles, Marfiza Jardim de Lima, tenha falecido com 46 anos, em 26 de abril de 1878, em conseqüência de hemorragia uterina, conforme atestado do tenente cirurgião Emigdio Bonorino, óbito nº 116.
O filho Firmino vem a ser o lutador e posteriormente abastado e respeitado fazendeiro, proprietário da Estância Pedra Lavrada. Teria sido este Firmino o autor daqueles boletins, diminutos, conclamando seus inimigos e correligionários a aderir aos ideais republicanos? O mesmo que manteve polêmica, pelo jornal local, sobre tema político? Não se sabe a resposta certa, fica a dúvida.
Firmino era casado com sua tia Estefânia, aparentava gênio sereno, severo e - pelo menos no fim da vida dele - não tinha pendores ou, pelo menos, não exercia atividade política, proselitismo partidário.
Neste ramo, havia procedimentos surpreendentes, pois o casal Firmino-Estefânia entre outras originalidades, casaram-se muito jovens. Ele com 18 e ela com 16.
Durante uma visita de uma amiga, Estefânia comenta que quando casou, seus parentes falavam que tinha feito um péssimo casamento, por serem muito jovens e pobres. Logo depois de casados, Firmino toldou, com Santa-Fé, duas carretas, uma delas, era a casa deles e auxiliados pelos peões foram para o mato, tirar madeira para ser feita a casa onde morariam. Estefânia cozinhava para todos e quando começaram a enriquecer, as críticas deixaram de ser feitas. Quando Firmino foi cobrindo ela de jóias - jóias caras, os Fernandes Lima muito apreciam jóias - todos passaram a elogiar o casamento. Mas, mesmo assim, ela tinha saudade do tempo que eram pobres, porém nessa época tinham saúde, e sempre dizia que trocaria tudo, dinheiro, roupas finas, jóias, pela saúde perdida.
Desse casal, nasceu o Clóvis que era apaixonado pela vida. Vivia, ele, intensamente a vida fosse qual fosse o momento. Trabalhava como se vivesse só para o trabalho; divertia-se como vivesse só para divertir-se; ganhava muito dinheiro, como se só para isso se empenhasse, gastava imoderadamente nos mais caros e divertidos divertimentos; o dinheiro, para Clóvis, era servo ao serviço dele e jamais escravo do dinheiro, que era meio não finalidade da existência. Participou, como sempre, intensamente nas mais variadas atividades econômicas, sociais, recreativas, associativas. E como contribuía sem esquivanças! Nas primeiras exposições de Pecuária, como em todas as outras ocasiões, à mesa em que sentasse o "velho" Clóvis, se tornava local apropriado para obsequiar visitantes, amigos, conhecidos e até desconhecidos.

2ª Geração
A Fazenda foi herdada por Belisário Fernandes Lima, filho de Antônio Fernandes Lima.

3ª Geração
A Fazenda Bom Retiro foi adquirida por Firmino Fernandes Lima, filho de Belisário Fernandes Lima, em 1940, de Ananísio Marques. Tendo como área total 4.464 hectares.


4ª Geração
Herdada por Fermino Fernandes Lima Junior  em 1942, arrendada até  sua maioridade. A partir de 1958 começou a repovoar  a fazenda com gado e estabelecer parcerias para o plantio de  arroz.                                




5ª Geração

Carlos Eduardo e Fernando Lima, dando  continuidade ao  trabalho   ligado ao campo, seguindo a tradição da família, participam na administração da Bom Retiro.


cavalo crioulo
apenas 7 anos de idade
tordilho

imagens de cavalo crioulo


O Cavalo Crioulo puro apareceu aqui no Sul junto com a descoberta da América. Eram estes os animais que traziam no lombo os descobridores vindos da Europa, principalmente da Península Ibérica.
Devido a sua grande importância histórica, o Cavalo Crioulo tornou-se a mais tradicional raça eqüina gaúcha e ganhou o status de animal símbolo do Estado. Além da tradição desta raça, a criação destes animais tem um importante papel na economia gaúcha, gerando cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos na área rural e nas cidades.
De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), são 14 mil criadores e cerca de 180 mil cavalos registrados, espalhados por 23 Estados brasileiros e em outros três países da América Latina: Uruguai, Argentina e Chile.
A Bom Retiro adquiriu a primeira égua Crioula registrada em 1976, batizada como Pitangueira 439 de Nazareth e o primeiro garanhão Crioulo foi adquirido em 1977, chamava-se Lalo Pampeiro. O primeiro animal registrado no AFIXO Bom Retiro foi em 1977, a fêmea Madrugada do Bom Retiro.